27 agosto 2009

PESTE & SIDA AO VIVO na Festa do Avante 2007 (com dedicatória ao Sócrates)

5 comentários:

cmarg disse...

Pesquisei um pouco deste blog e chego à conclusão que, em Portugal, tudo pode ser considerado rock.
Dos, se calhar, milhares de projectos que aqui se divulga, nem sequer 1% merece a mínima atenção como apreciador de musica.
Sempre achei que em Portugal não faltam bons músicos mas bons compositores e artistas com talento sempre estivemos mal.
Sendo um atento conhecedor do panorama rock internacional das ultimas 5 décadas, lanço aqui o desafio a quem tão bem conhece o que sempre se fez em Portugal, para explicar o porquê de sermos tão diferentes numa "modalidade" que deveria ser (e na maioria dos países é) semelhante por todo o globo.
Há cada projecto em Portugal que não deveria sair da sala de ensaio dos autores por manifesta vergonha pelo resultado final, que acaba por ser divulgada como inovadora e especial.
Além de que, muitos dos nossos sucessos e famosos (não sei quanto de ridículo estas duas ultimas palavras representam no panorama musical Português) são fruto da insistência da facciosidade dos nossos críticos (leia-se amigos de favores) musicais.
Por todo o mundo há mediocridade, mas só em Portugal é que se lhe dá atenção.

ARISTIDES DUARTE disse...

Caro amigo cmarg:
Essa que expõe é a sua opinião. Não é a minha , nem a de muitos mais portugueses. Antes de eu ser apreciador de Rock , sou português.
Há grandes valores em Portugal, sim.
Por outro lado o que torna algum do Rock português muito interessante é mesmo o facto de ser original nalguns dos grupos e projectos.
Podia dar-lhe o exemplo dos Ocaso Épico, dos Sétima Legião,do Quarteto 1111, dos GNR, dos Heróis do Mar, dos Sitiados, dos Petrus Castrus e tantos , tantos outros que beberam alguma coisa no ser português. Pode discordar disto tudo. Talvez isso a si não lhe diga nada. A mim diz-me muito.
Mas , mesmo aqueles que parecem iguais aos estrangeiros têm algo que os distingue. Basta terem nascido ou vivido em Portugal.
Eu não sou crítico musical, não pertenço a nenum "lobby" . Limito-me a gostar de música potyuguesa. Também gosto de música internacional e muito, mas a potyuguesa, neste momento, é a que mais me interessa.
No entanto, reconheço que algumas coisas que estão neste blog são medíocres, mas fazem parte da história. Como eu não sei , nem quero apagar a história, tenho que divulgar.

cmarg disse...

Explicado dessa forma compreendo todo este trabalho.
Estamos na presença de alguém que aprecia a sua nacionalidade e tudo o que alguém de sangue Português faça no mundo da musica.
Apesar de não pensar da mesma forma, porque não atribuo méritos a nada nem ninguém pela sua nacionalidade, compreendo que o orgulho pela condição de ser algo semelhante a um qualquer conjunto de pessoas seja reconhecido.
Mas por muito que queira custa-me muito falar bem da maioria da musica feita em Portugal. E isto é uma coisa que me faz muita confusão, pois a musica usa uma linguagem universal e nós também a devíamos saber interpretar como os outros.

ARISTIDES DUARTE disse...

Caro cmarg:

Eu não escrevi isto que você escreveu:
"Estamos na presença de alguém que aprecia a sua nacionalidade e tudo o que alguém de sangue Português faça no mundo da musica."
Em Portugal há muita má música. Muito lixo, mesmo.
Aprecio, sim, o facto de ser português. Isso aprecio. Gosto mesmo de ser português, com todos os defeitos (e são muitos) que tem Portugal.
Não são daqueles que deixo tudo para o fim, que chego atrasado (até chego adiantado). Há muitas coisas que não faço e fazem parte do ser português. Mas, gosto mesmo muito do facto de ser português. Eu não queria ser brasileiro, nem inglês, nem alemão, nem espanhol (e vivo mesmo na fronteira). Esses nada têm a ver comigo, embora goste da música deles.
Quero ser português.

Rui Martins disse...

Pena é não haverem em Portugal mais Aristides! Grande abraço amigo, força total a musica nacional.