31 maio 2008

DISCOGRAFIA BÁSICA DO ROCK PORTUGUÊS

Hoje o disco analisado é o single "Festa" dos CORPO DIPLOMÁTICO.
O lado B é ocupado por "Engrenagem", um tema original de José Mário Branco.
Trata-se de um disco de 1979.
Após o fim dos Faíscas, Pedro Ayres Magalhães, Emanuel Ramalho e Paulo Pedro Gonçalves formam os CORPO DIPLOMÁTICO, com Carlos Maria Trindade, Rui Freire e Carlos Gonçalves.
Conseguem um contrato discográfico com a editora Nova e lançam este single , em edição numerada e limitada. Um dos mais raros vinis portugueses da década de 70. Estes temas só se encontram neste disco, já que o posterior (e único) LP da banda ("Música Moderna", também de 1979), não os inclui.
Os CORPO DIPLOMÁTICO foram apadrinhados por António Sérgio (que co-produziu o disco, juntamente com J. Henrique).
Era o primeiro grupo português a lançar-se nos caminhos da New Wave e só por isso este disco é uma referência obrigatória. Nos Faíscas tinha sido o Punk o que movia a banda. Embora a atitude fosse a mesma dos Faíscas , o estilo musical apontava já para novos caminhos, mais tarde explorados por bandas como os GNR (em "Independança") ou STREET KIDS.
Foi, também, o primeiro grupo português que se atreveu a fazer uma revisão tão radical de um tema de música de intervenção(no caso, o tema de José Mário Branco) só comparável à ,também, radical versão de "Avô Cavernoso" de Zeca Afonso, pelos MÃO MORTA, no álbum "Filhos da Madrugada Cantam José Afonso"

os UHF , ao vivo, no Rock Rendez Vous

A bolacha do CD duplo "20 Anos Ao Vivo", da QUINTA DO BILL

Uma foto de Tiago Bettencourt , ex- TORANJA

UHF com JORGE PALMA, ao vivo , no Coliseu de Lisboa

A imagem de CAMERAMAN METÁLICO (grande fotógrafo) na Exposição "Espelho Meu"

1980

Amanhã, na Feira do Livro, em Lisboa

25 maio 2008

Uma foto do CONJUNTO ACADÉMICO JOÃO PAULO, em 1964 (do blog Os Reis do Yé Yé)

A imagem de ANTÓNIO SÉRGIO (grande divulgador de Punk e produtor do LP dos CORPO DIPLOMÁTICO) na Exposição "Espelho Meu"

A contracapa de "Live At Rock Rendez Vous", dos SATAN'S SAINTS

A capa de "Live At Rock Rendez Vous", dos SATAN'S SAINTS

A contracapa do single "Fado" , dos HERÓIS DO MAR

Uma foto da autoria do meu amigo David Rito, referente ao concerto dos UHF na Aula Magna

Uma imagem dos CORPO DIPLOMÁTICO, em 1980

A capa do último álbum dos THE GREAT LESBIAN SHOW

A PROPÓSITO DE UNS COMENTÁRIOS SOBRE AS SONDAGENS

Tenho lido os comentários sobre as sondagens e parece que há por aí alguma indignação(normalmente de anónimos) porque quase sempre ganham os UHF ou coisas com eles relacionados. Chegaram a acusar-me nalguns comentários de ser eu o responsável por isso. Devo dizer que não manipulo sondagens. Voto, quase sempre, só duas vezes , em dois computadores diferentes; porque as sondagens estão programadas para reconhecerem o IP e eliminarem a votação anterior de quem a repetir. Quase nunca votei nos UHF. O que eu acho é que os UHF têm dos melhores fãs das bandas Rock nacionais, que os apoiam.
Sei que este blog é visitado por fãs dos UHF e que o site dos UHF tem o link deste blog.
Outras bandas não colocam o link deste blog nos seus sites.
Aqui , neste blog, promove-se o Rock português, incluindo, obviamente os UHF. Ou pensavam que a mais antiga banda nacional em actividade era eliminada deste blog?
Não pertenço a "capelinhas". Gosto, simplesmente, de música portuguesa.

Do blog "Cantigas do Maio" de Aurélio Malva

Bandeiras pretas

Somos um país pobre. Sempre o fomos, aliás (apesar da nossa grandiosa história recheada de feitos gloriosos, heróis valentes e marinheiros destemidos). E não é por sermos um pequeno país (outros bem mais pequenos do que nós conseguem desenvolver-se). É, antes, por nos deixarmos abater pelo fado. E estarmos sempre à espera de um qualquer D. Sebastião. Ou de um salvador da pátria, chame-se ele Salazar, Cavaco ou Sócrates.
Somos pobres. É inquestionável. Mas pior é sermos o país mais injusto e desigual da União Europeia. Aquele onde os pobres são mais pobres e os ricos, mais ricos. Isso é que é de todo inaceitável. Sobretudo com um governo que, dizendo-se socialista, tinha a obrigação política de combater a desigualdade e promover a justiça social.


Entretanto, a milionária selecção portuguesa da bola prepara-se para a fase final do campeonato da Europa. E os tugas, como se estivessem a viver no melhor dos mundos, aprestam-se a engalanar as suas janelas com bandeiras nacionais. Ora, parece-nos que, se temos razão para manifestar alguma coisa, só pode ser o nosso profundo descontentamento com o (des)governo e a injustiça a que este pobre país é votado. E, para isso, nas nossas janelas, em vez de bandeiras verde-rubras, o que deveremos pôr são bandeiras… pretas. Vamos a isso?

COMENTÁRIO: Concordo com isto tudo e acrescento que de bola só vejo a "Liga dos Últimos". Comigo a malta da bola não se governa... Isso é que vai ser bom, agora para o Governo. Tudo a ligar à bola e o custo de vida a aumentar

17 maio 2008

DISCOGRAFIA BÁSICA DO ROCK PORTUGUÊS

Desta feita o disco que temos para apresentar é o LP "Faces", dos ARTE & OFÍCIO , datado de 1979.
Os Arte & Ofício formaram-se em 1975 e , nos anos de 1977, 1978 e 1979 foram uma verdadeira instituição do Rock em Portugal (a revista "Música & Som titulou "Arte & Ofício- O êxito dos Can", quando eles fizeram a primeira parte do grupo alemão , num concerto em Lisboa). Sempre cantaram em inglês. Foi um dos primeiros grupos de Rock que vimos ao vivo. Ficámos logo deslumbrados...
Há quem não goste do som dos anos 70, considerando-o muito estagnado. Temos que considerar que estávamos em Portugal.Embora noutras latitudes já tivesse aparecido o Punk que punha muitas coisas em causa, um disco destes, com este profissionalismo, não tinha sido possível anteriormente.Analisando a situação mesmo a esse nível, consideramos este um dos melhores discos de sempre de toda a produção Rock nacional, de todos os tempos.
O LP contém 10 temas. As faces do disco são as faces X e Y.
A face X é mais Rock e a face Y é mais Jazz-Rock.
O disco abre com "Young Chicks", um poderoso Rock a que se segue "Contradition", outro poderoso tema.
A face Y abre com "Trip" e termina com a balada "Finally".
Na gravação deste disco participam os membros da banda Sérgio Castro (baixo), António Garcez (voz), Serginho (guitarra), Fernando Nascimento (guitarra), Álvaro Azevedo (bateria) e António Pinho Vargas (teclas). Participa, como convidado, o saxofonista Rui Cardoso.



Uma foto dos SATAN'S SAINTS

Uma foto dos SITIADOS