28 setembro 2006



A capa do single "Estou Alem" de LENA D'AGUA , a versao do tema de ANTONIO VARIACOES


Uma foto do concerto dos GNR em Montemor- O- Velho


A capa do single "Febre dos Tempos" dos MEGAHERTZ (1982)


A contracapa do maxi single "Amor" dos HEROIS DO MAR

27 setembro 2006



A contracapa do single "Presidente dos Pasteis de Nata" de LUIS FIRMINO


Uma foto dos SATURNIA


Uma colagem de v�rios singles de Rock portugues

26 setembro 2006

BIOGRAFIA CENSURADOS

Os Censurados são recordados por uma grande legião de fãs como um dos mais importantes grupos da segunda vaga de Punk Rock, surgida em Portugal, nos anos 80 do século XX.
Se nos anos 70 tinham sido os Faíscas e os Aqui D’El Rock a dominarem a cena Punk portuguesa, no final dos anos 80, serão os Peste & Sida e os Censurados que poderão ser consideradas as bandas mais importantes desta corrente do Rock português.
Em 1989 formam-se, em Lisboa, os Censurados.
Do “line-up” inicial fazem parte João Ribas, que veio dos Ku de Judas, Samuel, vindo dos Overdose, Fred (ex- Trip D’Axe) e Orlando Cohen (ex- Morituri e ex- Peste & Sida).
A receita da banda é simples: canções muito rápidas, próximas dos Ramones, e letras de combate.
Em Dezembro do ano da formação lançam a sua primeira maqueta com os temas “Tu Ó Bófia”, “Srs. Políticos”, “Tá a Andar de Mota”, “É Difícil” e “Não Vales Nada”.
Passado um ano sobre a edição da maqueta sai o seu primeiro álbum intitulado “Censurados”. Este disco era para ser editado pela independente Ama Romanta (de João Peste dos Pop Dell Arte), mas devido a desentendimentos entre os membros da banda e os responsáveis da editora, será a El Tatu (editora de Tim dos Xutos & Pontapés) a fazer a edição e comercialização do álbum.
Tim conhecia bem os Censurados, já que estes fizeram inúmeras primeiras partes dos Xutos (a uma dessas primeiras partes tivemos oportunidade de assistir, na Tournée de promoção de “Dizer Não de Vez”, na cidade da Guarda, quando os Censurados se encontravam já em final de carreira).
A banda efectua inúmeros concertos, sobretudo no Johnny Guitar (o tema “Todos no Mesmo Barco” fará, depois, parte do alinhamento da compilação “Johnny Guitar”).
Tocam, também, em Festivais e concertos contra a violência dos “skinheads” ou organizadas por associações como a SOS Racismo.
Em 1991 sai “Confusão”, o seu segundo álbum, gravado nos Estúdios Tcha Tcha Tcha, com produção de Cajó, técnico de som dos Xutos. A edição é, novamente, da El Tatu.
Deste disco fazem parte temas como “Quero Ser Eu”, “Venenosa” ou “Americano Gordo”.
Devido ao conteúdo das suas letras são colocados no “índex” da Rádio Renascença e banidos das suas emissões.
Tocam na primeira parte do concerto de Bob Geldof e, também, na abertura do concerto dos Xutos, no Campo Pequeno, em Lisboa.
Os Censurados são convidados para integrarem o elenco do concerto de solidariedade com Timor- Leste, ao lado dos Delfins, Xutos e Rádio Macau, entre outros. A edição da gravação deste concerto em CD levantou grande celeuma entre Zé Pedro, dos Xutos e Miguel Ângelo, dos Delfins.
Em 1992 os Censurados participam na edição do Festival Printemps de Bourges (França), na secção “Découverte”.
Em 1993 é editado o seu último álbum de estúdio, com o título “Sopa”.
A banda termina a sua carreira em 1994, com a sua participação no concerto de homenagem a José Afonso, no Estádio de Alvalade. Tinham participado no disco homónimo “Filhos da Madrugada Cantam José Afonso” com a versão de “O Que Faz Falta”, que tocaram no palco do estádio.

Em 1999 voltam a reunir-se (em estúdio) para gravarem a sua versão de “Enquanto a Noite Cai” dos Xutos, no disco-tributo à banda de Zé Pedro, intitulado “XX Anos, XX Bandas”.
Em 2002 as lojas Carbono, através da sua etiqueta discográfica, lançam o CD “Censurados Ao Vivo”, gravado na Queima das Fitas, em Coimbra em Maio de 1999, num concerto final.
João Ribas formou, depois, os Tara Perdida, uma banda com um som menos “apunkalhado” que o dos Censurados. É, também, membro dos Kamones, uma banda de “covers” dos Ramones, juntamente com Paulinho (dos MAD).
Orlando Cohen voltaria a ser membro dos Peste & Sida, até aos dias de hoje, após João San Payo ter reformado a banda, em 2004.
Está prevista para este ano a edição de uma biografia dos Censurados, um livro que vem colmatar a falta de edições bibliográficas sobre bandas portuguesas, principalmente daquelas que têm uma grande quantidade de apreciadores incondicionais, como são os fãs da banda de João Ribas.


O logotipo da banda GRITALI & OS TRATANTES




A contracapa do single dos FM


A capa do single "Em Rock" dos FM, banda dos anos 80


A contracapa do EP "I Saw That Girl" de OS EKOS

25 setembro 2006

PARAGEM FORÇADA

Problemas na NET impediram-me de colocar mais material no blog. Acho que a situação está normalizada e vamos continuar com o ROCK PORTUGUÊS


A capa do single "De Estacao em Estacao" dos ABISMO (1982)


A capa do rarissimo EP dos SINDICATO, a banda de JORGE PALMA que esteve presente no Vilar de Mouros 71


A capa do single "Homem das Cavernas" dos STELITE, outra banda dos anos 80


O single "Cigana de Pedra" dos QUARTZO, banda dos anos 80

16 setembro 2006



A capa do �ltimo EP da carreira de OS EKOS, "Sol E Paz"


Uma foto dos GINGA, banda de Folk Rock, ao vivo


A contracapa do single "Puto Queque" dos FLUXUS




A contracapa do LP "Onde. Quando, Como, Porque...." do QUARTETO 1111

15 setembro 2006



Em primeiro plano Zymon dos BLASTED MECHANISM


O interior do single das CLUBE NAVAL, quando aberto


A contracapa do single das CLUBE NAVAL


A capa do single (duplo) " Professor Xavier" das CLUBE NAVAL (Fundacao Atlantica)

NOVO BLOG DE MÚSICA PORTUGUESA

Um novo blog do amigo PAULO X_ACTO acaba de ser criado
Veja em http://portugalunderground.blogspot.com/

14 setembro 2006





A contracapa do single dos SANTALUZIA


A capa do single "Loca, Loca" dos SANTALUZIA (Transmedia 1988)

Video (clicar para ver) dos GNR ao vivo , em Montemor-O-Velho, na interpretacao do tema "Espelho Meu"

RETIRADO DO SITE "POEMAR" DE JOÃO MOUTINHO

A história desconhecida das "Memórias"
Para minha grande surpresa e, porque não dizer satisfação e orgulho, vejo incluído nestas "Memórias do Rock português" o meu primeiro single de 1981 constítuido pelas canções ROCKOLAGEM e A PASTILHA.
Sem o Aristides Duarte sequer imaginar ofereceu-me uma belíssima prenda de "Bodas de Prata", nestas andanças dos discos, cuja única forma de agradecer é poder, humildemente, fazer a promoção do seu livro, neste humilde site, um tributo pessoal que todos os que estão incluídos nesta obra, não duvido, agradecerão.
A história do meu single incluído nas "Memórias" é muito original pelo que não me eximo de puxar pela memória e tentar contá-la em toda a sua extensão.
Depois de 17 anos de "música de baile" resolvi encostar às "bocks", parar com aquela loucura de andar de amplificadores às costas por este país inteiro, cantar horas e horas a fio, a troco de uns míseros escudos que, muitas vezes, nem davam para pagar os aparelhos necessários para uma "razoável" prestação musical. A minha última prestação a nível de vocalista de grupo de baile terminou na Passagem do Ano de 1980 para 1981. Curiosamente a minha banda tinha sido contratada pelo Partido Comunista Português para actuar no Pavilhão da Académica da Amadora. Como o Pavilhão era enorme, a nossa humilde aparelhagem não teria capacidade para encher de som o enorme pavilhão. Então o PCP pediu emprestado o P.A. (Public Adress System) ao Luis Cília.
A minha modesta aparelhagem de vozes serviu nesse dia de munição para o nosso baterista. Enfim um luxo enorme naqueles tempos. Eu tive pela primeira vez ao longo daqueles 17 anos a possibilidade de me ouvir através de monitores que estavam virados para mim. Senti-me nas nuvens. Nunca me tinha ouvido tão bem. Os meus próprios colegas de banda estavam espantados com a prestação que fiz naquela noite, eles que diziam que a minha voz estava gasta e não tinha mais hipóteses como vocalista. Ao fim de 10 horas seguidas de canções, de muito rock, de muita marcha brasileira de carnaval, estava muito satisfeito. Afinal não era eu que estava mal, era a aparelhagem que não tinha condições.
A resolução tinha sido tomada antes desta última experiência e troquei a minha aparelhagem de vozes, uma HH razoável de 200 watts, por um carro NSU Prinz, e julguei ter terminado aí a minha aventura musical. Puro engano.
Em alguns dos nossos últimos ensaios resolvemos experimentar algumas músicas originais com poemas em português de minha autoria, motivados pelo programa do Luís Filipe Barros, o Rock em Stock, que passava na Rádio Comercial. Gravámos num pequeno gravador de trazer por casa umas quantas canções. Recordo-me que uma delas chegou a passar no programa mas por aí se ficou a aventura.
Um dia de manhã muito cedo para mim, 7h sou acordado pela minha esposa que me disse assim: "João tens a mania que escreves ouve o programa que está a passar". Acordei meio estremunhado e fui ouvir o programa das 7 às 10 do Luís Pereira de Sousa que pedia muito afincadamente aos ouvintes uma versão em Português, cujos direitos reverteriam para oferecer à UNICEF, duma canção dos ENGLISH BOYS que versava o tema dos diminuídos físicos.
Estavam a passar o original cantado. Peguei no gravador e gravei a versão original. Escrevi, entretanto uma letra sobre o tema. Uma ideia louca veio-me à cabeça na altura: Se estes "gajos" passassem apenas o instrumental, talvez eu conseguisse fazer uma gravação caseira já em português. Telefonei à Rádio e satisfizeram esse pedido. O promotor da Editora Gira, tinha com ele a bobine do instrumental e passaram. Eu gravei o instrumental e, com um daqueles gravadores que têm micros incorporados, coloquei o instrumental a passar na minha aparelhagem caseira e cantei para o gravador a versão portuguesa.
Não me desgostou o resultado e disse à Graça, minha mulher, vou à Rádio Comercial mostrar isto. Resposta: "Tu és mesmo doido". Cheguei à RC às 9h30m. Disse ao que ía. Deixaram-me entrar e o promotor da Editora perguntou o que eu queria. Disse-lhe: Tenho aqui uma versão da canção que pedem já em português e cantada. Ele disse: "Mas o concurso é apenas de letras". Eu respondi: Na gravação está a letra se interessar, ok!.
O Promotor foi falar com o Luís Pereira de Sousa o radialista e contou a história. A música passou ainda nesse dia. O concurso morreu por ali. O ANDA DAÍ que eu tinha escrito em cima da música dos ENGLISH BOYS, na opinião deles, e como se diz actualmente "arrasou".
O Concurso que servia também de lançamento para a Editora Gira tinha como prémio a gravação de um single com a letra vencedora. Nunca se chegou a realizar, nem o concurso, nem a gravação.
Além da gravação do ANDA DAÍ eu tinha levado comigo uma cassete com as gravações de garagem da minha antiga banda, onde se encontravam a ROCKOLAGEM e A PASTILHA. O promotor da editora, curioso, perguntou-me se eu tinha mais alguma coisa e mostrei-lhe a cassete. Foi ouvida logo ali na Rádio Comercial.
Pouco tempo depois quiseram que eu gravasse não o ANDA DAÍ mas a ROCKOLAGEM e A PASTILHA. Fiquei meio atrapalhado, porque já não tinha banda mas, fui falar com eles e aceitaram ir para estúdio fazer as duas canções. Era o "Boom" do Rock Português que este livro relata bem "MEMÓRIAS DO ROCK PORTUGUÊS".
Para os músicos de baile, a hipótese de gravar um disco era alguma coisa impensável naqueles anos. Fomos para estúdio sem produtor, coisa rara naquela altura. Era mais ou menos o "salve-se quem puder" o "mostra o que vales". Deram-nos dois dias de estúdio.
Nunca mais me esquece, o meu amigo MORENO PINTO, um dos mais consagrados técnicos de som nacionais, viu ali aqueles 5 "putos" sem qualquer experiência de estúdio a tentar gravar 2 canções e sorria um sorriso muito terno, muito "pai". Não sei se simpatizou comigo. Conversámos um pouco e ele disse: Eh! Pá! isto está muito cru, precisa de uns truques! Eu disse-lhe: Amigo, estamos nas suas mãos, não temos experiência e, como vê não está ninguém da Editora, ajude-nos como a sua consciência ditar.
Ajudou muito, rodou aqueles botões todos. Tentou, voltou a trás, experimentou de novo e, finalmente, foi ele que produziu e fez as misturas finais.
Estávamos na lua. Tínhamos na mão a hipótese de um disco. Arranjou-se até nome para a nova banda. Seria a "banda desenhada". Já não me recordo bem mas gerou-se a propósito nem sei de quê, uma discussão louca entre os músicos, e resolveram não seguir com o mini projecto. A banda desfez-se, mas as gravações estavam feitas.
No final do 2º dia, já nas misturas finais, aparece o promotor da Editora, muito atarefado a perguntar como as coisas tinham corrido. Posto ao par do que se tinha passado com a banda, ele perguntou-me se eu não me importava de dar apenas o meu nome. As canções eram minhas, musica e letra e disse que não me importava.
Resolvido isso o Promotor foi ter com o MORENO PINTO o técnico de som e simultaneamente produtor do disco e pediu-lhe se lhe podia dar uma bobine de promoção, porque ele tinha um programa na Rádio Renascença para começar a fazer a promoção do Disco.
O Moreno Pinto, velha matreira, deu-lhe uma cópia em Mono.
Foi a partir dessa cópia que a Gira mandou prensar o single. A Gira nunca pagou o estúdio. O single saíu em mono. Enfim, o primeiro embuste da minha pobre carreira... mas isso é outra história.
Curiosamente, uma fita pirata deu origem a um single que fica na história do Rock Português. Estou orgulhoso.
Obrigado Aristides Duarte pela tua grande memória.

13 setembro 2006

BIOGRAFIA OS EKOS

Formados em 1963, em Lisboa, Os Ekos são uma das referências mais importantes daquilo que ficou conhecido como o “yé yé”.
Na origem d’ Os Ekos esteve o vocalista Edmundo Falé, vindo dos Baby Twisters, outro grupo lisboeta, e as suas origens estavam na zona de Campo de Ourique.
A formação inicial incluía , ainda, Mário Guia (bateria), António Joaquim Vieira (baixo), Joca Santos (guitarra ritmo) e João Camilo Júnior (guitarra solo).
Em 1964 conhecem o cantor dos britânicos Shadows, em Albufeira. Cliff Richard (que ainda hoje mantém residência no Algarve e se encontra ligado ao negócio dos vinhos dessa região) torna-se amigo dos membros do grupo.
Como Os Ekos gostavam muito dos temas de Cliff e os Shadows contrataram um segundo vocalista, Zé Luís, que cantava todas as canções da banda inglesa, que o público pedia nos seus espectáculos.
Edmundo Falé abandona Os Ekos, ainda em 1964, e junta-se ao Conjunto Mistério, outra famosa banda da época, que estaria na origem do Quarteto 1111.
Em 1965 editam o seu primeiro EP, após conseguirem contrato discográfico com a etiqueta Alvorada, que contém o tema “Esquece”, uma versão de “Hold On” de P. J. Proby. O disco ainda continha os temas originais “Os Tristes Olhos”, “Lamento Aos Céus” e “Ilusão”.
Nos espectáculos, ao vivo, prara além de tocarem alguns originais, Os Ekos faziam versões dos Rolling Stones, Beatles ou Animals e tornaram-se muito famosos por isso mesmo.
Um novo EP, que incluía os temas “Diz Que Me Amas”, “O nosso Amor Terminou”, “Hoje, Amanhã E Sempre” e “Mentira” é lançado em 1965.
Em 1966 sai novo EP , desta feita com temas totalmente originais da banda: “Só”, “Oh! Isabel”, “Vou Ficar Sem Ti” e “À Espera Da Nossa Vez”.
Em 1966 a banda sofre remodelação de elementos devido ao serviço militar obrigatório relacionado com a guerra colonial e apenas restam, da formação original, Mário Guia e João Júnior.
Para os lugares dos restantes elementos entram Zé Nabo, Luís Paulino e Tony Costa.
Este último fica encarregado das teclas e a banda sofre, também, uma evolução no seu estilo musical enveredando por temas originais cantados em inglês e uma sonoridade mais “beat”.
Em 1966 é editado um novo EP com 4 temas , entre os quais “Secret Love” e “Baby On My Mind”.
Em 1967 editam outro EP com os temas “I Saw That Girl”, “A Place In Your Heart”, “Nova Geração” e “We’re Gonna Be Free”.
Após terem aceite acompanhar Magdalena Pinto Basto, uma nova estrela da sua editora, nas gravações do EP de estreia da cantora, João Júnior decide ir viver para Angola e apenas Mário Guia ficou como elemento da formação original, tendo decido terminar com a banda. Pouco depois tornar-se-ia empresário dos Objectivo, uma das bandas mais importantes do cenário Rock português.
No início dos anos 70, alguns elementos de Os Ekos resolveram reformar a banda e incluir nela uma secção de metais, à maneira de bandas como os Chicago ou os Blood Sweat And Tears. Mário Guia não aceitou participar nesta nova aventura.
A banda é , agora, constituída por Joca Santos, António Vieira, Zé Luís, Carlos Teixeira e Franklin Simões.
Em 1970 gravam o último EP do grupo, o qual inclui os temas “Sol E Paz”, “Ardentemente”, “Habitat 736” e “Verdade”.
Mário Guia ainda estaria ligado à música por muitos anos , já que foi ele o homem que abriu o Rock Rendez Vous, durante muito tempo a sala mais importante do circuito Rock nacional.

12 setembro 2006

BIOGRAFIA OS CLAVES

Os Claves foram um dos mais famosos conjuntos do “yé yé” português, nos anos 60 do século XX.
No Verão de 1965 formam-se os Saints, um trio comandado por Luís de Freitas Branco, filho do musicólogo João de Freitas Branco.
Luís tocava viola e era o vocalista dos Saints. Os restantes membros eram o baixista João Valeriano e o baterista Alexandre Corte Real.
Corte Real partiu para o estrangeiro e entraram Luís Pinto Freitas (viola solo e vozes), João Ferreira da Costa (teclas) e José Authoguia (bateria).
Os Saints ficaram, então com uma formação de quinteto.
Nos anos 70 do século XX houve uma famosa banda australiana, praticante de um certo estilo de Punk Rock, que tinha o nome de Saints. Com certeza que não imaginavam que esse nome já tinha sido de uma banda portuguesa, dos anos 60.
Decidem concorrer a um dos famosos Concursos de música “yé yé”, que tinham lugar no Teatro Monumental, em Lisboa.
Concorrendo, na meia-final, com Os Jets, Os Tubarões, Os Cometas, Os Kímicos e Os Boys, chegam à final; mas, antes disso, mudam o nome para Os Claves.
A fama do grupo leva-o a fazer a abertura dos espectáculos das vedetas Romano Mussolini e Richard Anthony, nas suas apresentações em Lisboa.
Actuam, também, várias vezes, em programas da RTP.
Vencem o Concurso – no qual tiveram como rivais Os Rocks (do cantor de “ O Vento Mudou”, Eduardo Nascimento), Os Night Stars, Os Jets, Os Ekos, Os Chinchilas e Os Tubarões) – e gravam e editam um EP na etiqueta espanhola Marfer, que saiu em 1966.
O Concurso foi organizado pelo jornal O Século, a Emissora Nacional, o Rádio Clube Português e o Movimento Nacional Feminino. Talvez, devido à participação desta última organização, conotada com o Estado Novo; no palco do Teatro Monumental havia um grande cartaz que continha uma série de regras para os espectadores que terminava com esta fantástica frase “A juventude pode ser alegre, sem ser irreverente”.
Há uma foto histórica de Os Claves com esse cartaz atrás.
Nada de levantar grandes ondas, já se sabia…
O jornal organizador titulou “Explosão Juvenil no Monumental” e o Diário de Notícias colocou em caixa “O melhor entre 100: o conjunto “Os Claves”.
O prémio para os Claves foi no valor de 15 contos, uma pequena fortuna para a época, se tivermos em conta que a aparelhagem e o instrumental do grupo custou 180 contos.
O disco contém versões de “Keep On Running” de Spencer Davis Group, “Where Have All The Good Times Gone” dos The Kinks, “Fare Thee Well” de Chad & Jeremy e uma composição original, initulada “Crer”, da autoria de Luís Pinto de Freitas.
Como o disco foi editado depois de terem vencido o Concurso, apareceu uma tarjeta, na parte inferior onde estava escrito “ Vencedores do Grande Concurso de Yé Yé”. Por baixo do nome do conjunto estava escrito entre parêntesis “Campeões do Yé Yé”.
Ainda em 1966 conseguem contrato discográfico com a etiqueta portuguesa Alvorada e editam o seu segundo EP que inclui os temas “California Dreaming” dos Mamas And Papas, “Somebody Help Me” de Spencer Davis Group, “Daydream” dos Lovin’ Spoonful e “Sha La La Lee” dos Small Faces.
Os Claves continuaram a dar espectáculos em vários locais de Portugal, onde eram solicitados, mas o facto de serem estudantes, impediu-os de continuarem a sua carreira musical. Passados poucos anos a banda terminou.



A capa da revista MUSICA & SOM de Agosto de 1981, totalmente dedicada ao Rock portugues (obrigado tmn)



Curiosamente, tinha esta revista desde essa altura, mas desapareceu e nao a consigo descobrir





11 setembro 2006



A capa do single " Beggar Man " dos HEAVY BAND (Decca 1970)



LINE-UP:



nice: vocals,electric guitar



xico: vocals, electric guitars, synthesizer



beto: drums, percussion



ze eduardo: bass guitar, percussion



phil : special effects, vocals, slide guitar



 

BIOGRAFIA CONJUNTO ACADÉMICO JOÃO PAULO

No Portugal dos anos 60 surgiram muitos Conjuntos Académicos: Conjunto Académico Os Espaciais, Conjunto Académico Orfeu, etc.
Um dos mais famosos foi o Conjunto Académico João Paulo, assim chamado no início da sua carreira. Lá mais para o final da sua existência já só era Conjunto João Paulo, tendo retirado o “Académico” do seu nome.
O Conjunto Académico João Paulo formou-se na Madeira, tendo como membros João Paulo, Sérgio Borges, Carlos Alberto, Rui, Moura e Gualberto (este último falecido em 2004).
Sérgio Borges era o vocalista.
Por serem um grupo de jovens estudantes e pela alegria das suas canções, como “Hully Gully do Montanhês” ou “Milena (A da Praia), tornaram-se famosos não só na Madeira, mas, também, no Continente.
Foram contratados pelo empresário Vasco Morgado para realizarem espectáculos no Teatro Monumental.
Ainda fora da época daquilo que ficaria conhecido como o “yé yé”, este conjunto começou por gravar versões de grandes êxitos da canção francesa e italiana, na época muito conhecidos.
Entre outros, o Conjunto Académico João Paulo, gravou versões de Adamo, Gilbert Bécaud ou Charles Aznavour, um pouco antes da verdadeira explosão do Rock português por nomes como os Sheiks ou os Ekos.
O Conjunto Académico João Paulo passou, várias vezes, em programas da RTP, por ser uma banda que não punha quase nada em causa, sendo mais para puro entretenimento.
Em 1966 o Conjunto concorre ao Festival RTP da Canção com o tema “Nunca Direi Adeus”.
Sérgio Borges concorreu, também ao Festival RTP com o tema “Onde Vais Rio Que Eu Canto”, em 1970. Este foi o ano em que a RTP resolveu não participar no Festival Eurovisão da Canção.
O Conjunto Académico João Paulo gravou também com a cantora sul-africana Vicky um single, que teve edição comercial.
Após Sérgio Borges ter ganho o Festival da RTP, os EP’s do grupo passaram a ser em nome de Sérgio Borges e o Conjunto João Paulo, como no EP “Nascer”.
Apesar de não terem ganho o Festival RTP da Canção editaram um EP com o título “Eurovisão” (em 1966).
Foram inúmeros os EP’s que o Conjunto Académico gravou, tais como “Conjunto João Paulo” (1965), “De Novo com João Paulo e o Seu Conjunto Académico (1966), “Poema de Um Homem Só” (1968), “Kilimandjaro” (1968) ou “O Louco” (1968).
A parte final da carreira desta banda é, musicalmente, mais interessante, notando-se uma aproximação a estéticas musicais mais avançadas. Até a capa do EP “O Louco” já está mais próxima de uma estética psicadélica e mais longe da música de cópia do início da carreira.
Em 1993 a Valentim de Carvalho editou algum do espólio do grupo num CD intitulado “Os Grandes Êxitos do Conjunto Académico João Paulo”. Mais tarde, a mesma editora lançaria uma nova colectânea do grupo intitulada “Antologia da Música Popular Portuguesa” (1990).
No entanto, muitos temas gravados em EP, na sua fase mais criativa, não conheceram nunca edição em formato digital.


A capa do single "Puto Queque" dos FLUXUS (1981)


A contracapa do single pirata dos UHF, com a formacao da banda e o numero de copias do disco.




A capa daquele que deve ser o mais raro disco de Rock portugues: um single pirata dos UHF, gravado ao vivo no Coliseu dos Recreios, com os temas "Estou de passagem" e "Fragil", este ultimo com a participacao de Jorge Palma. Edicao de 15 copias em vinil, apenas...

10 setembro 2006



A contracapa do single de LUIS FIRMINO


A capa do single "Presidente dos Pasteis de Nata" de LUIS FIRMINO (ex ANANGA RANGA)- Edicao Metro Som 1983


A contracapa do single dos PE D'CABRA


A capa do single "Deixem os Putos Tocar" com o lado 2 a ser ocupado por "Musico Operario". Edicao Metro Som de 1982. Sonoridade muito baseada em orgao


A capa da reedicao em CD Duplo de "Ha Rock No Cais" , dos UHF. Este duplo saiu recentemente e a capa � diferente. A capa da edicao original era a preto e branco e esta e a cores. Neste disco h� temas novos e versoes novas.

09 setembro 2006



A capa da "demo tape" dos AGRICULTOR DEBAIXO DO TRACTOR, uma banda relativamente nova


A capa da "demo tape" de "Desperdicios" dos OCASO EPICO


07 setembro 2006




A capa do CD "Ate Onde..." dos ALCOOLEMIA




A capa do EP do CONJUNTO JOAO PAULO que inclui "Champs Elysees"



Uma foto de GRITALI & OS TRATANTES, em 2005


A capa de um single de OS GALAS, banda dos anos 60

06 setembro 2006



A capa do single "Princesa" de CARLOS MARIA TRINDADE


A capa do single "O Menino" da FILARMONICA FRAUDE